Os distúrbios do movimento são movimentos que podem ser excessivos ou reduzidos, fazendo com que o paciente não consiga controlá-los. Eles podem ser contínuos ou ocorrerem em episódios. Alguns exemplos de distúrbios do movimento são: tiques (os tiques motores também chamados de movimentos feitos por mania são considerados um tipo de distúrbio do movimento), tremores, espasmos musculares, coreia e balismo.
Existem diversos mecanismos neurológicos que podem influenciar na ocorrência de distúrbios de movimento. Nem todo distúrbio de movimento é tratado como uma doença, apenas aqueles que prejudicam as atividades cotidianas da pessoa acometida. Distúrbios de movimento leves, como um pequeno tremor de ação (tremor essencial leve), não necessariamente precisam de tratamento. Mas tremores intensos, com impossibilidade de realização de algumas atividades, já podem requerer tratamento medicamentoso ou mesmo cirúrgico.
Algumas das causas associadas a distúrbios do movimento podem ser: tumores, acidente vascular cerebral (AVC), doenças degenerativas como a Doença de Parkinson, algumas doenças genéticas, o uso de certos medicamentos, sequelas de traumatismo de crânio, entre outros. O médico poderá descobrir a causa do problema realizando avaliação especializada (neurologista com especialização em distúrbios do movimento) e utilizando-se de exames complementares quando necessário, como exames de ressonância magnética, eletroneuromiografia, testes genéticos, entre outros.
O tratamento correto visa ajudar o paciente a ter uma melhor qualidade de vida, a diminuir os efeitos colaterais da medicação e a melhorar os distúrbios do movimento, levando a uma melhora funcional.
O tratamento irá depender de cada caso, podendo envolver aplicações de toxina botulínica, terapias de apoio (como terapia ocupacional e fisioterapia), medicamentos orais, além de procedimentos específicos como terapias de neuromodulação, por exemplo, implante de estimulação cerebral profunda, realização de procedimentos ablativos encefálicos, entre outros.